quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Protocolo de intenções: Tadeu e mais três prefeitos da região assinam documento para construção de aterro sanitário intermunicipal

A baixa adesão dos municípios à elaboração dos planos locais de gestão dos resíduos sólidos - que tinha como prazo agosto deste ano - está fazendo com que os governos municipais agilizem seus projetos para a solução desse grande problema que atinge milhares de municípios brasileiros. Devido a esse atraso, o governo federal já cogita a possibilidade de adiar as metas da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), criada pela Lei 12.305/2010, prevê, entre outras coisas, o fim dos lixões e a instauração da coleta seletiva e da reciclagem em todos os municípios brasileiros. Após o dia 2 de agosto de 2014, o Brasil não poderá mais ter lixões, que serão substituídos pelos aterros sanitários. Além disso, os resíduos recicláveis não poderão mais ser mandados para os aterros sanitários e os municípios que desrespeitarem a norma podem ser multados.

Preocupados com essa situação, os prefeitos recém-eleitos dos municípios de Lagoa Seca, José Tadeu Sales de Luna (PSC), de Areial, Cícero Pedro Meda de Almeida (PMDB), de Matinhas, Maria de Fátima Silva (PMDB) e de São Sebastião de Lagoa de Roça, Maria do Socorro Cardoso (PMDB), estiveram reunidos nesta quarta-feira, 5, em Campina Grande, Agreste paraibano com ambientalista e técnicos da área para discutir uma solução para o problema.

Como resultado do encontro foi assinado um protocolo de intenções em que os novos gestores se comprometem a celebrar um convênio para obter uma solução consorciada intermunicipal para a construção de um aterro sanitário, visando à gestão dos resíduos sólidos entre esses municípios, bem como, implantar a coleta seletiva com a participação de cooperativas ou associações de catadores de lixo recicláveis.

Para o prefeito eleito de Lagoa Seca, Tadeu do Supermercado, o sucesso de uma política voltada para o setor depende de uma participação mais efetiva dos municípios e também da iniciativa privada, pois, só assim, seremos capazes de promover uma política ambiental adequada, que busque preservar o meio ambiente. Além disso, devemos introduzir nas escolas a disciplina educação ambiental, no sentido de que as futuras gerações possam está mais conscientes sobre esse grave problema que, agrava, inclusive, nosso município, completou.

No encontro Tadeu defendeu a responsabilidade compartilhada na cadeia de gestão de resíduos sólidos entre os municípios participantes do encontro e afirmou que outros momentos virão para discutir tecnicamente como será possível a efetivação do consórcio.

Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente (MMA), o Brasil produz diariamente mais de 183 mil toneladas de lixo urbano. Mais de um milhão de pessoas trabalham e sobrevivem da reciclagem desse lixo. Mesmo assim, grande parte da riqueza potencial é desperdiçada. Segundo Camilla, o Brasil deixa de ganhar R$ 8 bilhões anualmente por não reciclar tudo o que é possível.

Em outubro de 2011, a Prefeitura Municipal de Lagoa Seca e mais quatro cidades da região (São Sebastião de Lagoa de Roça, Alagoa Nova, Areial e Massaranduba), tentaram criar um consórcio para a gestão dos seus resíduos sólidos, mas, a idéia só ficou na aprovação do protocolo de intenções por parte da Câmara de Vereadores.
 
Da Redação

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